TUDO SOBRE

Para pequenos e grandes


 


Aos 46 anos, o araraquarense Marcos Bomba é declaradamente um apaixonado por brinquedos e dono de uma coleção que passa de três mil peças
Popularmente definido como objeto lúdico destinado ao lazer, prioritariamente das crianças, os brinquedos ganharam outra dimensão na vida do radialista Marcos Bomba. Confessamente apaixonado por esses objetos, Bomba, de 42 anos, tornou-se um dos grandes colecionadores do País, e conta hoje com mais de três mil peças guardadas numa edícula que construiu no fundo de casa, especialmente para guardar os seus mimos.

Se para muitas crianças os brinquedos logo perdem a graça e são esquecidos em armários e gavetas - muitas vezes quebrados, para Bomba esses objetos são preciosos. "É uma paixão", resume o radialista, sem saber definir o motivo da obsessão.

Em seu museu particular, o colecionador exibe carrinhos, bonecos de ação, autoramas e ferroramas. Alguns merecem ser expostos em maquetes e/ou prateleiras especiais, feitas pelo próprio colecionador. Como é o caso dos Forte Apache, um dos brinquedos de maior sucesso no Brasil nas décadas de 1960 e 70 e brinquedo preferido de Marcos Bomba.

Bonecos de ação, jogos de tabuleiros e bonecas (o radialista começou a comprar brinquedos de menina após as cobranças que ouvia nos locais onde vai expor sua coleção). De maneira geral, a maioria das peças é dos anos 1970 e 80, com alguns exemplares raros e históricos, como o boneco Falcon original. "Já recebi proposta de venda de um boneco Forte Apache por R$ 2 mil. Mas não vendo. Afinal, são essas raridades que diferenciam os colecionadores", explica Bomba.

O radialista contou ao Tô!Ligado que sua coleção é sustentada por meio de doações, trocas e compras realizadas na internet. "Atualmente, me controlo mais. Mas já cheguei a gastar o que não tinha para conseguir alguns brinquedos", revela, sem pudores.

Fã também de jogos de computadores e videogames, Marcos Bomba defende que, para as crianças, os brinquedos possuem importante significado, porque "brinca com o mundo dos sonhos e promove certo exercício físico". Para ele, que também gosta de brinquedos "mais modernos", o essencial é o equilíbrio entre o "ontem e o amanhã". "Não sou radical, daqueles que afirma que só os brinquedos antigos são bacanas. É muito legal fazer uso da tecnologia. Mas as crianças não podem deixar de tocar os objetos, de senti-los e dar asas a imaginação. Isso sem contar que esse tipo de brinquedo libera as crianças de ficar muito tempo diante da tela do computador ou da televisão", analisa.

Expor a história

Para Marcos Bomba, todo brinquedo guarda uma história e elas precisam ser passadas adiante. Esse anseio tornou-se mais concreto há dois anos, quando o radialista começou a ser convidado para exposições de brinquedos antigos. "É muito legal ver o fascínio das crianças com os brinquedos. Algumas ficam deslumbradas, outras mais desconfiadas e até perguntam: ‘onde é que aperta?’. Já os pais se derramam, pois lembram de sua infância", revela. Somente em 2009, Bomba viajou para cinco cidades da região. "Além de expor, esses eventos são ricos porque proporcionam contatos com outros colecionadores e mais conhecimento".

Gepeto

Quando criança, Bomba adorava construir seus próprios brinquedos. Ele fazia carrinhos de plástico e de madeira, além de bonecos. E a inspiração ele tinha dentro de casa. "Meu avô era meio Gepeto [criador do boneco Pinóquio] e tinha o dom de construir coisas. Aprendi muito com ele", recorda o radialista, que ainda compra bonecos avulsos de Forte Apache e os pinta à sua maneira. "É um passatempo, um hobby, um trabalho artesanal que me satisfaz. Vez por outra, vendo essas peças para colecionadores e curiosos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário